O ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL COMO INSTRUMENTO DE JUSTIÇA RESTAURATIVA: O PROBLEMA DA FALTA DE PARTICIPAÇÃO DA VÍTIMA NO PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO, HOMOLOGAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DO ANPP
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo expor a importância da participação da vítima no processo de negociação, homologação e fiscalização do Acordo de Não Persecução Penal (ANPP). Inicia-se dissertando sobre a realidade atual do processo penal brasileiro, regido pela justiça retributiva, o que provoca uma série de problemas, como uma quantidade exacerbada de tipos penais e a superlotação carcerária, sem que haja um reflexo positivo sobre a criminalidade. Posteriormente, é a trabalhada a Justiça Restaurativa como uma alternativa a esse quadro, detendo-se nas suas principais características, como o diálogo entre a vítima, a comunidade e o ofensor para que seja definida a punição. Em continuidade, aborda-se o Acordo de Não Persecução Penal enquanto instrumento despenalizador, aproximando-se da Justiça Restaurativa, uma vez que se trata de pacto entre o Ministério Público e o investigado. Por fim, evidencia-se a falta de participação da vítima no ANPP, o que vai de encontra às tendências mais modernas no processo penal e a uma das principais características da Justiça Restaurativa, que é a atenção às necessidades do ofendido, sendo importante uma reforma nesse sentido. A metodologia é qualitativa, dedutiva e descritiva.
##plugins.generic.usageStats.downloads##
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Os autores declaram serem responsáveis pela originalidade, pelo ineditismo e pela atualidade de todo o conteúdo do artigo, mediante a referência completa de todas as fontes consultadas.
Cada autor concede à Revista LexCult permissão para avaliar, normalizar, editar e publicar o artigo submetido, de modo inédito.
Casos de plágio e autoplágio não serão aceitos sob nenhuma hipótese. O autor plagiário será suspenso por 5 (cinco) anos sem publicação na Revista LexCult.
É permitida a cópia, total ou parcial, de artigo publicado na Revista LexCult, desde que informada a fonte (autor e revista), sendo vedado o uso comercial e a produção e distribuição de trabalhos derivados. Caso seja verificada a quebra de exclusividade, a submissão será arquivada e o autor estará suspenso de publicar por 5 (cinco) anos na Revista LexCult, sem prejuízo das ações cíveis/penais previstas em lei.
O autor tem ciência de que:
a) a submissão poderá ser recusada caso o Conselho Editorial da Revista LexCult, responsável pela avaliação e seleção dos artigos, não considere pertinente a publicação, por quaisquer motivos, devidamente fundamentados;
b) os editores reservam-se o direito de modificar o texto da submissão - sem alteração de conteúdo - para normalizá-lo e adaptá-lo às normas de publicação.