MICROEXPRESSÕES FACIAIS: LENDA OU REALIDADE?

Resumo

O ser humano tem a capacidade de mascarar e ocultar emoções. O faz com interesses diversos como proteger seus sentimentos mais íntimos, ocultar comportamentos e, até, evitar associações à crimes. Essa capacidade dificulta as atividades policiais e processuais a fim de se verificar ou descartar um suspeito ou a associar seu comportamento com as provas colacionas no processo penal. Os meios de prova são essenciais inclusive para se evitar que um inocente possa ser erroneamente condenado. Nesse sentido, o estudo comportamental das expressões faciais é capaz de excluir as mentiras e/ou inverdades ao longo de um interrogatório, depoimento ou demais atos realizado ao longo de uma investigação. Resta regulamentar sua atividade no Código de Processo Penal Brasileiro. 

##plugins.generic.usageStats.downloads##

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

##submission.authorWithAffiliation##

Advogado, Pós-Doutor em Ciência da Religião pela PUC/SP, Pós-Doutor em Ciências Jurídicas pela Universidade de La Matanza. Doutor e Mestre em Filosofia do Direito pela PUC/SP, Especialista em Direitos Fundamentais pela Universidade de Coimbra, Especialista em International Criminal Law: Terrorism’s New Wars and ICL’s Responses pelo Istituto Superiore Internazionale di Scienze Criminali, Especialista em Direito Penal Econômico Europeu pela Universidade de Coimbra, Pós-Graduado em Direito Penal Econômico pela Fundação Getúlio Vargas – FGV, Bacharel em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Bacharel em Filosofia pela PUC/SP.

##submission.authorWithAffiliation##

Advogada, Mestranda em Ciências Criminológico-Forenses pela Universidad de Ciencias Empresariales y Sociales, Pós Graduada em Direito Penal e Processual Penal pela Faculdade Damásio, Bacharel em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU e Membro da Comissão de Criminologia e Vitimologia da OAB/SP.

Referências

AMARAL, Lucas Martins. A FACE DO MAL: Um estudo sobre a habilidade de pessoas comuns e sem treinamento em perceber e interpretar micro expressões pré-hostis. Monografia (Bacharelado em administração) – Escola Superior de Propaganda e Marketing. São Paulo, 2017.

BARBOSA, Mário Rui Carvalho. Estudo e Contextualização do Polígrafo quanto à Análise de Voz, ECG e EDR. 2012. 110 f. Dissertação (Mestrado Integrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores) – Faculdade de Engenharia, Universidade do Porto, 2012.

COSTA-VIEIRA, Hélida Arrais Wânia; SOUZA, Cristina de. O reconhecimento de expressões faciais e prosódia emocional: Investigação preliminar em uma amostra brasileira jovem. Revista Estudos de Psicologia, Natal, v. 19, n. 2, p. 89-156, abr./jun. 2014.

CUVE, Hélio Clemente José. Expressões faciais das emoções e micro-expressões: Potencialidades da Psicologia moderna para Moçambique. Maputo, 25 abr. 2015. Disponível em: http://ceapuem.blogspot.com/2015/04/expressoes-faciais-dasemocoes-e-micro.html. Acesso em 31 de maio de 2018.

DARWIN, Charles. The expression of the emotions in man and animals. London: John Murray, 1872. Disponível em: http:// darwin-online.org.uk/. Acesso em: 31 maio 2018.

DAVIS, Flora. A comunicação não-verbal. 5. ed. São Paulo: Summus, 1979.

DAVOGLIO, Tárcia Rita et al. Personalidade e psicopatia: implicações diagnósticas na infância e adolescência. Revista Estudos de Psicologia, Natal, v. 17, n. 3, p. 453-460 set./dez, 2012.

DIMITRIUS, Jô-Ellan; MAZZARELLA, Wendy Patrick. Decifrar Pessoas: como entender e prever o comportamento humano. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

DONATO, Gianluca et al. Classifying Facial Actions. IEEE transactions on pattern analysis and machine intelligence, [s.l.], v. 21, n. 10, out. 1999. Disponível em: http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/summary?doi=10.1.1.8.991. Acesso em: 3 jun. 2018.

EKMAN, Paul. A lingua franca of facial expressions. Demos, [s.l.], n. 10, p. 37-38, 1996.

_______. A linguagem das emoções. São Paulo: Lua de Papel, 2011.

_______. Emotions revealed: recognizing faces and feelings to improve communication and emotional life. 2. ed. New York: St. Martin’s Griffin, 2007.

_______. Facial expressions. In: DALGLEISH, Tim; POWER, Mick. Handbook of Cognition and Emotion. New York: Wiley, 1999. p. 301-320.

_______. Facial expression and emotion. American Psychologist, Washington, DC, v. 48, n. 4, p. 384-392, 1993.

_______. Should We Call it Expression or Communication? Innovations in Social Science Research, [s.l.], v. 10, n. 4, p. 333-344, 1997.

_______. The argument and evidence about universal in facial expressions of emotion. In: WAGNER, H.; MANSTEAD, A. (ed.). Handbook of social psychophysiology. Manchester: John Wiley & Sons Ltd, 1989. p. 143-164.

_______. Universal Facial Expressions of Emotions. California Mental Health Research Digest, California, v. 8, n. 4, p. 151-158, 1970.

EKMAN, Paul; FRIESEN, Wallace V. A new pancultural facial expression of emotion. Motivation and Emotion, [s.l.], v. 10, n. 2, p. 159-168, 1986.

EKMAN, Paul; FRIESEN, Wallace V.; ELLSWORTH, Phoebe. What emotions categories or dimensions can observes judge from facial behavior? In: EKMAN, Paul (ed.). Emotions in the human face. New York: Cambridge University Press, 1982. p. 39-55.

EKMAN, Paul; MATSUMOTO, David R.; FRIESEN, Wallace V. Facial expression in affective disorders. In: EKMAN, Paul; ROSENBERG, Erika L. (ed.). What the Face Reveals. New York:
Oxford University Press, 1997. p. 331-342.

FEITOSA, Maria Ângela Guimarães. Resenha: Darwin, o comportamento humano e as emoções. Revista Psicologia: teoria e pesquisa, Brasília, DF, v. 15, n. 3, p. 265-267, set./dez. 1999.

FREITAS-MAGALHÃES, A. A Psicologia das emoções: o fascínio do rosto humano. Porto: Feelab Science Books, 2013.

_______. O código de Ekman: o cérebro, a face e a emoção. Porto: Universidade Fernando Pessoa, 2011.

GORENDER, Miriam Elza. Serial killer: o novo herói da pós-modernidade. Revista Estudos de psicanálise, Belo Horizonte, n. 34, p. 117-122, dez. 2010.

HAUCK FILHO, Nelson; TEIXEIRA, Marco Antônio Pereira; DIAS, Ana Cristina Garcia. Psicopatia: o construto e sua avaliação. Revista Avaliação Psicológica, Porto Alegre, v. 8, n. 3, p. 337-346, dez. 2009.

JAMES, Judi. Linguagem corporal no trabalho. Rio de Janeiro: Best Seller, 2008.

LANSLEY, Clliff.. Lie to me. [S.l]: DPG plc Professional Development Conference, 2014. 1 vídeo (11 min). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=RnwdndsspTI. Acesso em: Acesso em: 31 maio 2018

MATSUMOTO, David; HWANG, Hyi. Science Brief: Reading facial expressions of emotion: basic research leads to training programs that improve people’s ability to detect emotions. Psychological Science Agenda: [s.n.], 2011.

MANZI, José Ernesto. O Uso de Técnicas Psicológicas na conciliação e na colheita de prova judiciária. Jus.com.br, [S.l], maio 2004. Disponível em: htpp://jus.com.br/revista/texto/5243/o-uso-de-tecnicas-psicologicas-na-conciliacao-ena-colheita-da-prova-judiciaria. Acesso em 31 de maio de 2018.

MATSCHNIG, Monica. Linguagem corporal. Tradução: Fernanda Romero. Petrópolis: Vozes, 2015.

MORANA, Hilda C P; STONE, Michael H; ABDALLA-FILHO, Elias. Transtornos de personalidade, psicopatia e serial killers. Revista Brasileira de Psiquiatria, São Paulo, v. 28, supl. 2, p. 74-79, out. 2006.

NUCCI, Guilherme de Souza. Código de processo penal comentado. 10 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.

PEASE, Allan; PEASE, Bárbara. Desvendando os segredos da linguagem corporal. Rio de Janeiro: Sextante, 2005.

ROBERTO, Marcos; LUIGI, Thiago. Curso de Micro expressões Faciais: apostila técnica. São Paulo: IMELCO, 2017.

RUSSELL, James A.; FERNÁNDEZ-DOLS, José Miguel. What does a facial expression mean? In: RUSSELL, James A.; FERNÁNDEZ-DOLS, José Miguel (ed.). The psychology of facial expression. New York: Cambridge University Press, 1997. p. 3-30.

SCHECHTER, Harold; EVERITT, David. A enciclopédia dos serial killers: a-z. Lisboa: Guerra e Paz, 2010.

SILVA, Ana Beatriz B. Mentes perigosas: o psicopata mora ao lado. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008.

SILVA, De Plácido e. Vocabulário Jurídico. Atualizado por Nagib Slaibi Filho e Priscila Pereira Vasques Gomes. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2012.

SILVA, Jean Luca Lunardi Laureano da et al. Possíveis contribuições dos estudos de expressões faciais para a clínica analítico-comportamental. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, Curitiba, v. 19, n. 4, p. 74-87, 2018.

SILVA, Josinete Aparecida da; SILVA, Maria Júlia Paes da. Expressões faciais e emoções humanas levantamento bibliográfico. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, DF, v. 48, n. 2, p. 1 80-1 87, abr./jun. 1995.

SOUSA, Cristina de. Emoções e expressão facial: novos desafios. Psicologia, Lisboa, v. 24, n. 2, p. 17-41, 2010.

TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Código de processo penal comentado. 4 ed. São Paulo: Saraiva, 1999.

VASCONCELLOS, Silvio José Lemos et al. Psicopatia e reconhecimento de expressões faciais de emoções: uma revisão sistemática. Revista Psicologia: Teoria e Pesquisa, Brasília, DF, v. 30, n. 2, p. 125-134, abr/jun 2014.

WALLACE, Alfred Russel. [Review of] The expression of the emotions in man and other animals by Charles Darwin. Quarterly Journal of Science, Londres, v. 3, n. 37, p. 113-118, 1873. Disponível em: http://darwin-online.org.uk/reviews.html. Acesso em: 31 maio 2018.

WHALEN, Paul J. et al. Neuroscience and facial expressions of emotion: the role of amygdala-prefrontal interactions. Emotion Review, [S.l.], v. 5, n. 1, p. 78-83, 2013.
Publicado
2019-07-23
Como Citar
GONÇALVES, Antonio Baptista; PEPPI, Fabiani Mrosinski. MICROEXPRESSÕES FACIAIS: LENDA OU REALIDADE?. Revista da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, [S.l.], v. 23, n. 45, p. 25-60, jul. 2019. ISSN 2177-8337. Disponível em: <http://398947.5hijpq1v2.asia/index.php/revistasjrj/article/view/217>. Acesso em: 29 nov. 2024. doi: https://doi.org/10.30749/2177-8337.v23n45p25-60.